
Desafio único da categoria Self é transformado em filme. Assista “Sete Solos”
Superação, garra e empenho são algumas das características necessárias para encarar o Sertões. Ao longo de uma sequência de etapas com milhares de quilômetros por caminhos exigentes, homens e máquinas são testados ao extremo. Para quem pilota ou navega (no caso dos motociclistas, as duas coisas ao mesmo tempo) é preciso ter força física e mental para lidar com as condições variáveis e os quase inevitáveis imprevistos.
Imagine então somar a tudo isso a necessidade de fazer a manutenção das próprias motos todos os dias e dormir em barracas – normalmente poucas horas por noite. Essa é a realidade dos inscritos na categoria Self by Motul, promovida pelo Instituto Sertões.
Aqui não há equipes com dezenas ou centenas de pessoas; grandes comodidades e tempo de sobra para descanso e recuperação. Para alguns, loucura. Para quem experimenta, histórias de vida; desafios pessoais e realização.
Uma realidade transformada em imagens que agora chegam às telas. O documentário “Sete Solos – os guerreiros solitários do Sertões” traz no nome a inspiração nos sete pilotos que ‘sozinhos’ (o que na prática está longe de ser o caso) encararam o Sertões BRB 2024 na Self – Jean Michel, Edinho, Felipe, Thiago, Marco, Rummenigge e Marco Antônio. Cada um com sua motivação e trajetória. Cada um diante de seus perrengues. E todos unidos pela sensação de viver uma experiência única.
Coragem e humanidade
“Nós conseguimos enxergar mais do que a própria competição. Conhecemos as histórias de cada um e isso foi o que mais nos encantou. A superação, a persistência, a jornada pessoal dos sete. Algumas vezes o grande objetivo é chegar à rampa final. Isso é muito bonito e tão difícil quanto subir no pódio, uma jornada humana e desafiadora. A Self torna tudo isso mais evidente. O filme é um retrato da coragem e da humanidade desses pilotos. Espero que o público sinta o que sentimos: essa força para enfrentar o quase impossível não para provar algo a ninguém, mas para se realizar”, resume o diretor de Sete Solos, Dehner Guth (Siete.docs).
Gestor da Self através de sua equipe (Txai), mas também um dos sete, Marco Antônio Pereira lembra que a ideia por trás do filme foi criar conexões verdadeiras entre seus personagens e os espectadores. “Hoje os primeiros nas motos vivem uma realidade como a da Fórmula 1. Nada quebra, nada dá errado e, lá na frente, o mais rápido é campeão. Nós quisemos mostrar as emoções de quem vive um outro rally”.
Emoções realmente não faltaram para esses guerreiros solitários, como você confere em Sete Solos. Um mergulho por uma dimensão mais que especial do maior rally das Américas, feita de homens e seus desafios.