TBT Sertões: como foi a primeira edição do Kitesurf, há cinco anos

Em menos de duas semanas o colorido dos kites ganha o litoral do Ceará para a quinta edição do Sol Sertões Kitesurf. Entre os dias 22 e 25, um número recorde de inscritos velejará por um roteiro que liga Fortim ao Preá, em Cruz. Neste ano, a prova integra o calendário oficial da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e da Associação Brasileira de Kitesurf (ABK) e valerá como Brasileiro de Rally Cross.

A história do que é hoje o maior rally da modalidade no mundo se iniciou em 2021, quando o DNA do Sertões ganhou as águas. A aposta em um formato novo de competição foi ousada, mas já então atraiu velejadores de diferentes vertentes, como Big Air, Freeride, Wing Foil e Wave. Os tempos ainda eram da pandemia de Covid-19, o que exigiu que todos os inscritos e integrantes da organização fossem testados e adotassem cuidados especiais.

Até mesmo para limitar a circulação (e também proporcionar uma convivência maior entre os participantes), todos os inscritos dormiram em barracas, junto à praia, e contaram com uma estrutura de alimentação centralizada. Nem sempre foi fácil preparar toda a estrutura das Vilas Kite – o vento da beira-mar por vezes transformava a montagem das tendas em uma verdadeira operação de guerra.

A prova

O primeiro Sertões Kitesurf largou de São Miguel do Gostoso (RN), tendo, como agora, o Preá como ponto final, após cinco dias de competição. Os atletas da categoria Elite encararam 500 quilômetros de desafio – Adventure e Master fizeram percursos mais curtos, adequados à sua preparação física e técnica. Um dos destaques foi a participação do apresentador e multiatleta Fernando Fernandes.

Já então os atletas locais mostraram sua força, duelando com nomes consagrados. Na Elite masculina, o campeão mundial Reno Romeu levou a melhor sobre o cearense Francisco Dionatan, o Xico, enquanto já despontava o talento de Yaron Moura (que venceu no ano passado).

Cenário semelhante no feminino. A carioca Marcela Witt, campeã brasileira, superou Gabi Reynard, a “Gabi Goodwinds”, paulista radicada no Preá.

Vários desses personagens estarão em ação no Sol Sertões Kitesurf 2025, com a oportunidade de testemunhar a evolução do evento em todos os aspectos ao longo desse período. O que não muda desde então é o desafio único por regiões de belos visuais e com condições ideais para o velejo.