
Visita ilustre ao Sertões Petrobras na chegada a Januária
O Sertões Petrobras 2025 chegou nesta segunda-feira (28) a Januária ao fim da segunda etapa, iniciada no começo do dia em Unaí. Foi o retorno da cidade do Norte mineiro após 33 anos – ela integrava o roteiro da primeira edição do maior rally das Américas. Ocasião para que um dos grandes personagens da história da prova matasse a saudade de suas 11 participações, contadas em verso e prosa.
Falar em Vinício da Silva pode não trazer grandes lembranças, mas basta citar o apelido para que a história mude. Tuca Porreta estreou no Sertões em 1994 e disputou a prova até 2004. O mineiro de Montes Claros logo se incorporou ao folclore da prova, encarada com uma Yamaha Ténéré 600 praticamente original.
O que não o impediu de conquistar um segundo lugar na quarta etapa da edição de 1998, terminada em Alto Paraíso (GO). Resultado que ele mostra com orgulho nas páginas de uma revista da época. As tantas experiências Brasil afora foram transformadas em poesia.
Atualmente com 83 anos bem vividos, Porreta aproveitou o retorno do Sertões à sua região e reencontrou rivais e amigos daquele tempo, como Zé Hélio e Tiago Fantozzi. E foi tão assediado quanto os protagonistas atuais – muita gente fez questão de cumprimentar “A Lenda do Sertões”, como também é conhecido.
“Assim que soube que o Sertões estava de volta, fiz da minha segunda-feira feriado. Vivi bons momentos no rally, numa época em que as coisas eram diferentes. Nós não tínhamos GPS para roteirar, apenas a planilha, e fazer isso enquanto se acelera a moto não é fácil. Nunca fui um piloto rápido, mas sempre consegui navegar bem, e isso me ajudou para o resultado naquela etapa de 1998. Andamos por uma plantação de eucaliptos e muitos se perderam nela. Eu consegui me manter no rumo certo. As motos hoje estão melhores, a prova bem mais profissional mas, no fundo, o desafio continua o mesmo”, comentou.